
Na época da bicicleta eu estudava na Escola Polivalente, no centro da cidade e adorava ir para lá pedalando. Como todo bom menino de escola publica, eu comia muita merenda do colégio; mingau com gosto de chiclete, paçoca, farofa de feijão com carne de sertão, sopa, arroz doce… Ficava feliz da minha vida quando tinha uma graninha que dava pra comprar um picolé!!!
Morria de medo da professora de português (que se chamava Lea) e dos professores de matemática (Raimundo e Stelino), morria de medo também dos pivetes do bairro da Gleba C que queriam “me pegar” porque eu sentei a porrada num deles que mexeu comigo, mesmo naquela época sendo da turma dos “nerds” (garotos que estudavam, entendem? rsss) e eles considerados os “bichos soltos” (garotos temidos) da escola…
Eu costumava pular as janelas do polivalente que não tinham os vidros nem grade para ir para a quadra “pegar o baba” (sim, naquela época eu jogava futebol) e voltar suado para assistir aula, chegando em casa com o uniforme imundo e fedendo a macaco com um “tifum” insuportável… Era maravilhoso sair do Polivalente e ficar correndo na praça dos esportes (Abrantes) escorregando nas recém inauguradas rampas de skate sem os skates lógico, nelas eu também usava a minha "Barra Circular 1983" além de depois escorregarmos sentados nos cadernos, mochilas e papelões, catados ali mesmo até nas lixeiras da praça...
Danival Dias
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Texto publicado originalmente em janeiro de 2006